Homilia – Dedicação da Catedral de Nossa Senhora do Carmo (22/08/2021) – A Catedral é para nós uma casa de acolhida e de missão!

Em 22 de agosto, 4º Domingo do Mês Vocacional, rezamos com a Igreja pelos Ministérios e Serviços da Comunidade: A VOCAÇÃO DOS LEIGOS.

Padre Márcio destacou que a palavra leigo não é usada no sentido de descrever alguém que não sabe o que faz, mas em seu sentido original, daquele que busca mais conhecimento.

Quem são os leigos? São todos os coordenadores, os catequistas, os participantes das pastorais, o povo de Deus vem à Santa Missa todos os domingos.

 

Em 22 de agosto também celebramos com nossa Diocese a Festa dos 63 anos de Dedicação da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, dedicada solenemente por Dom Jaime de Barros em 1958.

 

Padre Márcio destacou que o dia da Dedicação de uma Catedral é uma festa solene, pois esse edifício sagrado é um sinal da unidade dos fiéis na fé que o Bispo anuncia e zela, como o Pastor de um rebanho que se espalha por toda a Diocese, em cada paróquia e comunidade.

A dedicação faz com que a Catedral seja a Igreja principal da Diocese, a Igreja-mãe de todas as paróquias. É o centro da vida litúrgica da Diocese! Nela está a cátedra do Bispo, do latim cadeira. E nesta cadeira o Bispo recebe a missão de ensinar, santificar e governar a diocese.  

 

Devido à grandiosidade da festa, no dia da dedicação, a Liturgia é diferenciada e nos faz recordar a importância do templo, desde a antiguidade até hoje.

CATEDRAL NOSSA SENHORA DO CARMO – Diocese de Santo André

 

A Primeira Leitura, tirada da Profecia de Ezequiel (Ez 47, 1-2.8-12), nos fala de uma visão do profeta, onde as água que  brotam do Templo – Casa de Deus – chegam a todos os lugares:

É por isso que Jesus diz: quem vem a mim, nunca mais terá sede. É exatamente do templo de onde saem todas as virtudes. É no templo onde está a Pia Batismal onde são batizados todos os que querem fazer parte da comunidade. Cada batizado leva do Templo a água do Batismo como sinal de fé, de amor e de unidade.

 

Na Segunda Leitura (1Cor 3, 9c. 16-17), vemos São Paulo fazer uma declaração muito bonita ao escrever uma carta para a comunidade de Corinto onde diz: “irmãos, por acaso não sabeis que sois Santuário de Deus e que o Espírito Santo mora em vós?

 

O Padre destacou que o apóstolo assim escreve para nos recordar que somos uma expressão do Templo Santo de Deus. A igreja não é apenas construída por sua estrutura física, mas composta por cada pessoa que traz em si o rosto de Deus e o Espírito Santo.

Na igreja, edifício construído para o encontro de todos e para a vivência dos sacramentos, cada um de nós é como uma pedra. Aqui, expressamos a nossa fé e fraternidade.

 

E acrescentou

 Por isso é tão importante que tenhamos pelo nosso corpo o mesmo zelo que temos para com o edifício, pois em nós está o Espírito Santo de Deus. Aliás, cada pessoa a nossa volta é Templo do Espírito Santo de Deus, assim devemos respeitá-la! Há nela a riqueza do Espírito Santo e ela é a, assim como eu sou, a imagem de Deus!

 

Em sua reflexão, o Padre ainda mencionou que muitas vezes nos deparamos com as fraquezas e imperfeições do outro. No entanto, tal qual as estruturas físicas precisam de reparos, o ser humano – que não é perfeito – também está em formação e caminha em direção ao Autor da Perfeição!

 

O Padre explicou que no Evangelho (Jo 2, 13-22), ao chegar no Templo de Jerusalém, Jesus se depara com uma situação semelhante à que encontramos no Mercado Municipal de São Paulo. Em meio àquele tumulto, Jesus age de maneira bastante enérgica: faz um chicote de cordas e começa a expulsar as pessoas que estavam fazendo comércio dentro do Templo.

 

Segundo o Padre, Jesus quer que compreendamos que a construção da igreja é a representação viva do Corpo Místico de Cristo:


Por isso, quando você chegar em qualquer igreja, procure saber onde está a Capela do Santíssimo antes de fazer qualquer coisa! Faça também sua reverência em frente ao Altar, Mesa Eucarística. A igreja é o lugar onde se celebra a Eucaristia e todos os sacramentos, por isso, pede de nós um olhar de respeito, pede silêncio, uma atitude diferente!


 

O Padre ainda advertiu:

Devemos lembrar que a igreja não é o Mercado Municipal ou um shopping. Ela deve ser um lugar que nos convida à experiência de oração e fraternidade.

 

Refletindo sobre a festa diocesana de hoje, o Padre relembrou que a Catedral é para nós uma casa de acolhida e de missão, a casa mãe para que todos nos sintamos membros do Corpo Místico de Cristo!

Que nesse dia, ao celebrarmos os 63 anos de nossa Catedral, reconheçamos o templo como espaço de acolhida e fraternidade, de oração, perdão e amor entre a comunidade.

 

E finalizou:

Que possamos, na unidade, darmos graças ao Senhor pela nossa vocação e por sermos um povo que vive de aliança com Deus! Um povo que é imagem e semelhança de seu Criador e em quem o Espírito Santo habita!

 

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo †

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