Homilia – 13º Domingo do Tempo Comum (27/06/2021) – “O nosso Deus é o Deus da vida”

Em sua homilia sobre o 13º Domingo do Tempo Comum, celebrado em 27 de junho, Padre Márcio nos levou a refletir sobre o dom da Vida, esse presente precioso que recebemos das mãos de Deus.

Para explicar o grande dom da vida, o Padre meditou sobre a Primeira Leitura, do Livro da Sabedoria (Sb 1,13-15.2,23-24), no qual está indicado que Deus criou o ser humano para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza. Destacou que ao observarmos atentamente o relato da criação descrito no livro do Gênesis, não encontraremos a menção de que Deus tenha criado a morte, pois foi por inveja do diabo que ela entrou no mundo.

Não estava no projeto de Deus criar a morte. Deus não criou a morte, nem se alegra com a ruína dos que vivem. Ele é o autor da vida e tendo criado o homem à sua imagem, não podia destiná-lo à morte.

 

O Padre refletiu ainda sobre o momento no qual a morte entrou no mundo: quando pelo desejo de ser igual a Deus, Adão e Eva desobedeceram à ordem do Criador e ouviram à serpente.

O pecado original aqui marcado é a desobediência. Muitas pessoas desobedecem a Deus e caminham em direção ao precipício, em direção à morte, como no exemplo concreto do primeiro homem e da primeira mulher que deixaram de ser obedientes e foram seduzidos pelo maligno. Perderam a vida que deveria ser eterna, que deveria ser um paraíso.

 

O Padre destacou que na Palavra de Deus resplandece um sentido profundo da vida: no Paraíso, Deus plantou a ÁRVORE DA VIDA, cujo fruto devia fazer viver para sempre (Gn 3,22). Nos Evangelhos, Jesus é apresentado como o VERBO DA VIDA, por quem todas as coisas existem; e ele mesmo se identifica como a RESSURREIÇÃO E A VIDA, como o PÃO DA VIDA e garante: “eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância”.

Olhemos que em todo o contexto da vida pública de Jesus: Ele ressuscita a Lázaro, depois ressuscita o filho da viúva e hoje vemos o relato da ressurreição da filha de Jairo. Isso mostra que o nosso Deus é o Deus da vida, que é contrário à morte! Todas as vezes que o Senhor é colocado diante da morte a vida sempre vence!

 

A partir desta explicação, o Padre refletiu:

Mas nós, de que somos promotores? Promovemos a vida pela conversão? Promovemos o resgate das pessoas como dom de Deus? Ou queremos que elas sejam seduzidas pelo maligno e caminhem em direção à morte?

 

O Padre disse que muitas pessoas ao nosso redor estão desanimadas e desmotivadas como se não tivessem vida e nos exortou a sermos sinais de ressurreição para elas, agindo como Jesus na vida de Jairo e dizer: “não tenha medo. Tenha fé”. Recordou que o Evangelho (Mc 5,21-43) destaca Jesus é o Senhor da vida ao relatar a ressurreição da filha de Jairo. Ele nos lembrou que não podemos nos conformar com o mal e com a morte, mas do contrário, precisamos ser sempre promotores da vida. Destacou que na liturgia de hoje, Jesus deixa bem claro quais são os meios para vencer a morte: a fé e o amor.

Também nós deveríamos ter mais fé, aquela fé que não duvida diante das dificuldades, diante das provas da vida. Mas, ao contrário, é amadurecida através da união com Cristo.

 

Jesus ressuscita a filha de Jairo

 

O Padre citou o que foi dito pelo Papa Bento XVI, na encíclica Spe Salvi: “o que cura o ser humano não é o fugir do sofrimento e da dor, senão a capacidade de aceitar a tribulação, amadurecer nela e, achar nela um sentido mediante a união com Cristo, que sofreu com amor infinito”. E complementou:

Jesus ressuscitou e nos garantiu que cada um de nós ressuscitará no último dia.

 

A homilia foi finalizada com uma reflexão sobre o que estamos fazendo com nossa vida e se sabemos ser gratos a Deus por esse presente que recebemos:

Deveríamos a cada dia dizer ao Senhor: muito obrigado por estar comigo, por fazer-se presente em minha vida, por me ajudar a superar as dificuldades, por me animar a continuar na caminhada e jamais permitir que nenhuma cilada do maligno, nenhuma vaidade, seja maior que o seu projeto em minha vida!

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