Homilia – 15º Domingo do Tempo Comum (11/07/2021) – “Todo aquele que se faz discípulo e missionário é alguém que se faz obediente, capaz de escutar!”

No dia 11 de julho celebramos com toda a Igreja o 13º Domingo do Tempo Comum. Em sua homilia, Padre Márcio destacou que esta liturgia nos convida a refletir sobre a MISSÃO dos profetas e dos DISCÍPULOS de Jesus e, nos ajuda a entender nossa própria missão e importância na Igreja.

 

O Padre ainda refletiu que para sermos missionários é necessário termos um coração humilde, capaz de sair de si mesmo, do conforto e do comodismo. Mostrou-nos como nos textos Sagrados vemos o chamado de Deus se manifestar na vida daqueles se abrem a ele.

 

O Padre destacou que na Primeira Leitura do livro de Amós (Am 7, 12-15) encontramos a missão do profeta. Explicou-nos o contexto histórico no qual os fatos aconteceram: após a morte de Salomão, o reino foi dividido em dois: Israel, ao norte, e Judá, ao Sul.  No Reino do Norte, a prosperidade das classes favorecidas contrastava com a miséria das classes baixas. O Rei, para se firmar no poder, manipulou a própria religião: proibiu as peregrinações a Jerusalém (no sul), criou o templo de Betel (norte), subornou os sacerdotes e custeou os cultos solenes do templo, mas em troca de apoio político.

Nesse ambiente, Amós, um humilde Pastor do Sul, é enviado a profetizar no Norte para denunciar as injustiças cometidas pelo rei e pelas classes dominantes.

 

O Padre continuou sua explicação dizendo que Amós entrou em conflito com Amasias, o sacerdote do santuário de Betel e alertou que mesmo ele sendo um homem tão simples acolheu o chamado de Deus e foi anunciar!

Isso é para dizer que Deus nos escolhe no lugar onde estamos. Deus não vai buscar diplomas, cursos superiores, mas um coração humilde. Isso é o mais importante! Um coração humilde, capaz de testemunhar a graça que recebeu, a missão que recebeu e se fazer obediente. Todo aquele que se faz discípulo e missionário é alguém que se faz obediente, capaz de escutar!

 

Em sua reflexão sobre o Evangelho (Mc 6, 7-13), o Padre falou sobre a missão dos discípulos e explicou-nos o motivo pelo qual Cristo os enviou dois a dois.

Naquela época se enviada dois a dois porque um confirmava a palavra do outro.

Apostolado e sacrifício

 

O Padre prosseguiu sua reflexão destacando que as orientações que Jesus deu para seu discipulado foi para que eles deixassem de lado qualquer sentimento de conforto ou de segurança e confiasse na providência de Deus!

Por vezes acabamos agindo de acordo com as nossas vaidades e esquecemos que Deus tem um jeito próprio para escolher as pessoas e capacitá-las. Para Deus, o mais importante é o de coração humilde. Quem quer servir precisa ser humilde, precisa escutar, precisa fazer-se servo porque sem fazer-se servo não se pode servir.

 

E continuou:

Estes textos que nós ouvimos hoje nos ajudam a compreender que para a missão é preciso desprendimento, é preciso arriscar, sair daquilo que nos parece confortável e ir ao encontro do outro para anunciar o evangelho.

 

O Padre também nos ajudou a entender que não podemos desanimar diante das dificuldades da missão. Ele disse que muitas vezes a palavra que anunciamos ou o convite que fazemos não será ouvido. No entanto, não podemos esquecer que nossa missão não é simplesmente receber o ‘sim’ daquela pessoa, mas testemunhar e anunciar a Cristo e testemunhá-lo com nossa própria vida!

A sua missão não pode ficar esquecida. Você deve continuar convidando, anunciando. Não se preocupe se quando você convidar alguém receber um não como resposta. Continue insistindo porque também os discípulos de Jesus passaram por isso: em muitos lugares aonde chegaram não foram bem recebidos!

 

E finalizou:

 Não deixe de anunciar! Que a nossa missão não fique esquecida nem ofuscada pelas dificuldades cotidianas, mas que seja renovada no compromisso que nós assumimos no nosso batismo de sermos profetas, sacerdotes e reis que anunciam a boa nova e que fazem o reino de Deus acontecer! Assim foi com o profeta Amós, assim foi com os discípulos! Homens simples, mas capazes de com coragem de dizer: ESTA É A VONTADE DE DEUS!

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